O casamento de tema e mecânica

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Ernane Guimarães Neto

Resumo

Brincar e jogar são atitudes semelhantes, tanto é que chamamos ambas as atividades de “lúdicas”. No entanto, num certo sentido, são coisas essencialmente diferentes: brincadeira de criança e jogo (de criança e de adulto) têm atitudes opostas quando se trata das regras. Brincar envolve improviso e criatividade; jogar envolve a obediência a regras. Diversas culturas distinguem suas palavras para “brinquedo” e “jogo” baseando-se na existência de regras. Em clássicos da Ludologia contemporânea, como Homo ludens, do historiador Johan Huizinga, ou Les jeux et les hommes, de Roger Caillois, esses recortes idiomáticos são explorados em busca de princípios fundamentais do jogar. Caillois detém-se por exemplo na oposição entre paidiá (grego para “brincadeira”) e ludus (latim para “jogo”) como direções que o jogar assume: mais turbulência de um lado, mais regra de outro.

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Seção
Caderno de artigos do FAEL