O que é (e por que é) um jogo? Relações entre as definições de jogos, a representatividade e a participação de grupos subalternizados nos jogos

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Letícia Rodrigues
Luiz Ernesto Merkle

Resumo

Definições de jogos são sempre fugidias. Várias autoras e autores de game studies têm elaborado maneiras de abordar o conceito de “jogo” e como este pode ser compreendido e abarcar ou excluir determinados formatos de mídia e suportes. Iniciando pelo já tão citado Johan Huizinga e explorando tensionamentos com a autora Anna Anthropy, este artigo visa investigar, além da conceituação do que é um jogo ou não, qual a relevância política para pesquisadoras/es de jogos em aderirem a determinados tipos de definições. Utilizamos também dos conceitos das autoras Donna Haraway e Susan Leigh Star para entender como a construção do conhecimento se dá de maneira situada e atravessada por questões sociais e identitárias. Argumentamos, portanto, em favor da situacionalidade da definição de jogo, do reconhecimento de suas implicações para o aprendizado e da concepção do entendimento do que pode (ou deve) ser conceituado como “jogo”. Para adensar essa discussão, utilizamos como base também a revisão de definições de jogos proposta por Jakko Stenros.

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Seção
Caderno de artigos do VIII FAEL